TEATRO POEIRA

01 MAIO a 29 JUNHO
QUI a SAB 20h / DOM 19h

Espetáculo triplamente indicado ao Prêmio APTR nas categorias Melhor Direção, Dramaturgia e Ator protagonista, assim como ao 35o Prêmio Shell na categoria Ator, DESERTO é dirigido e escrito por Luiz Felipe Reis e protagonizado por Renato Livera.

DESERTO é a primeira encenação brasileira baseada na obra e nas memórias do premiadíssimo escritor chileno Roberto Bolaño (1953-2003), considerado o maior autor latino-americano da virada do século XXI. Com direção e dramaturgia original de Luiz Felipe Reis e atuação de Renato Livera. Espetáculo indicado aos prêmios APTR e Shell — Melhor Direção, Dramaturgia e Ator protagonista —, DESERTO apresenta uma fascinante experiência multilinguagem, que articula o teatro com a literatura, a poesia, a música e instalações de vídeo a fim de celebrar e manter vivo o legado artístico de um dos mais reconhecidos escritores da História da América Latina.

Em cena, Renato Livera se aproxima da figura do escritor, emprestando corpo e voz às suas palavras, extraídas de obras emblemáticas como “A universidade desconhecida”, “2666”, “O gaúcho insofrível”, “Entre parêntesis” e “Bolaño por si mesmo”. O espetáculo aborda, sobretudo, os últimos anos de vida do escritor, em que Bolaño se dedicava à conclusão de sua obra-prima final, “2666”, ao mesmo tempo em que repassa sua impressionante jornada de vida, desde a sua saída do Chile aos 15 anos, suas aventuras no México e pelas Américas nos anos 1970 até se fixar na Espanha, de 1977 em diante.

DESERTO recria em cena os rastros dessa aventura, compartilhando com o público uma série de reflexões autobiográficas e artísticas de Bolaño — sua relação com a escrita e com a poesia, com a História social e política da América Latina, seu espírito inconformado com as injustiças, com a violência humana e com as opressões do machismo e do sistema capitalista. Propondo um jogo de atravessamentos entre a arte e a vida do escritor, DESERTO olha para Bolaño e para seu compromisso com o fazer literário a fim de questionar qual o lugar da poesia e dos poetas em meio à violência do mundo contemporâneo.

“DESERTO reverbera o grande ponto de interrogação, de questionamento, que se encontra ao longo da obra de Bolaño, em que ele se indaga continuamente sobre a viabilidade da poesia, ou da criação artística, em meio à disseminação da violência, da opressão e da devastação que marcam nosso mundo atual”, diz Luiz Felipe Reis. “Sua obra e sua vida afirmam uma ética de existência: Bolaño compreende a poesia, a aventura poética, como uma forma de vida, como uma forma de escapar ou de se contrapor ao conjunto de normas e hábitos impostos pelo regime político-econômico capitalista em sua forma neoliberal, contemporânea, marcada pela intensificação do desamparo, dos conflitos, do sofrimento psíquico, da exaustão ambiental, em suma, pela desertificação de tudo que é vital e fundamental à vida. DESERTO é, em boa medida, uma encenação que questiona, portanto, o atual processo de desertificação e de desvitalização dos nossos corpos e subjetividades, e que afirma a poesia como uma forma de vida: mais lúdica e criativa, e que potencializa, acima de tudo, a viabilidade da nossa existência”.

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Direção e dramaturgia original: Luiz Felipe Reis
Atuação: Renato Livera
Baseada em fragmentos da vida e obra de Roberto Bolaño
Direção assistente: Julia Lund
Interlocução dramatúrgica: José Roberto Jardim
Direção de movimento e preparação corporal: Lavínia Bizzotto
Direção musical e criação sonora: Pedro Sodré e Luiz Felipe Reis
Cenografia: André Sanches e Débora Cancio
Figurino: Miti
Criação de vídeo: Julio Parente
Iluminação: Alessandro Boschini
Assistente de vídeo e operação de vídeo e luz: Diego Ávila
Operação de Som: Gabriel Lessa
Design gráfico: Bruno Senise
Fotografia de estúdio: Renato Pagliacci
Fotos de divulgação: Renato Mangolin
Cinematografia: Chamon Audiovisual
Assessoria de imprensa: Ney Motta

Direção de produção: Sérgio Saboya e Silvio Batistela (Galharufa)
Produção executiva: Roberta Dias (Caroteno Produções)
Administrativo-Financeiro: Letícia Napole, Alex Nunes, Alessa Fernandes
Idealização e coprodução: Polifônica

Proponente: JL. Produções Artísticas Ltda.

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DURAÇÃO: 85 minutos
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: 16 anos
CAPACIDADE: 180 espectadores